Poucos dias após terminar de gravar a minissérie Rei Davi, na TV Record, Raquel Nunes descobriu que estava grávida do segundo filho, Arthur, que deve nascer em julho. Mãe de Bernardo, de quatro anos, a atriz falou a Contigo ONLINE sobre as dificuldades que teve nos dois primeiros meses de gravidez. “Fiquei muito cansada, parecia que estava me arrastando e não conseguia estar mais de dez minutos em pé. Passei as primeiras semanas, praticamente deitada na cama”, lembra.

O papel de Rispa, amante do Rei Saul, vivido por Gracindo Jr., segundo ela, foi bem-interpretado pelo público. Para Raquel as pessoas conseguiram diferenciar o amor que a personagem sentia pelo homem que sempre a protegeu e a paixão pelo homem que na história ela amou - o guerreiro Abner, vivido por Iran Malfitano.  “As mulheres sempre têm a esperança de encontrar um amor romântico", diz a atriz para justificar a torcida do público para que seu personagem terminasse os dias ao lado de Abner. Ao comentar sobre a sensualidade de Rispa, ela revela que alguns homens "perderam a noção" da diferença entre ficção e vida real. Ela teve que bloquear alguns fãs nas redes sociais por causa do exagero nas cantadas. A seguir, trechos do bate-papo da atriz com Contigo ONLINE:

 RISPA

“Ela foi muito bem aceita pelo público. Eu tomei cuidado de fazer que ela não ficasse só como uma mulher sofrida. Apesar de tudo o que sofreu, ela é forte e tem uma sensualidade natural, As pessoas aprenderam a torcer pelo final feliz dela com seu verdadeiro amor. Em nenhum momento escutei críticas ao comportamento dela em ser concubina do rei Saul e se entregar a paixão pelo Abner. No caso do rei, ela tem agradecimento. Ficar com ele era uma questão de sobrevivência. As mulheres não tinham tanta escolha.  Naquela época a mulher tinha menos valor que uma vaca literalmente, nós estudamos isso. Ela não foi infiel ao rei por sacanagem, os papéis são distintos. Um é o homem que a salvou e o outro é o amor de sua vida.”

AMOR ROMÂNTICO

“As mulheres sempre tem a esperança de encontrar um amor romântico. Acho que isso atraiu muito o público (para a minissérie) e fez com que as pessoas torcessem por um final feliz da Rispa e do Abner. Eu acho que a mulher não perde a esperança. Mesmo se tudo estiver errado, ela pensa que o homem vai mudar, que tudo vai mudar e que o final feliz vai chegar.”

ASSÉDIO

 “Nas ruas muitas mulheres me param e falam, ”nossa como você está linda na novela”. Acho que é por causa da sensualidade da Rispa. Procurei colocar (a sensualidade) de uma forma que não fosse vulgar, tinha que ter uma certa ingenuidade, ser bem natural. Nas redes sociais também recebi elogios quanto a beleza e até mesmo me aborreci com cantadas chatas de alguns homens que perderam a noção e fui obrigada a bloquear."

MANCHAS ROCHAS

“Algumas cenas foram difíceis. Eu nunca tinha vivido um personagem que sofresse dessa forma, apanhasse e graças a Deus nunca passei por nada semelhante na vida real. Gravei com o Iran Malfitano e por mais que ele tivesse cuidado não tinha muito como não segurar meu braço com força. O Abner segurava forte a Rispa e o resultado foi que fiquei com várias manchas roxas e tive que passar arnica alguns dias. A cena da chicotada também foi complicada. Lógico que o chicote era de um material especial para não me ferir, mas imagina aquilo sendo gravado sei lá quantas vezes. Na cena na qual ela foi arrastada por uma carroça usamos um duble, que se ferrou de” verde e amarelo”.

SEGUNDA GRAVIDEZ

“Tudo está muito diferente se eu for comparar com a primeira vez que engravidei. Nessa, eu passei os dois primeiros meses praticamente na cama. Fiquei completamente cansada e não agüentava ficar nem dez minutos em pé. Às vezes para ir até a cozinha era difícil. Eu tinha também um sono que não passava. Logo de cara, eu pensei até que estava esperando uma menina, por que na gravidez do Bernardo não aconteceu nada disso. O meu emocional também ficou muito alterado. Eu me irritava muito, fiquei chata, insuportável, mas a Graças a Deus, agora tudo está normalizando, mas no início foi dose viu?”

RAINHA DA CASA

“Eu até esperava uma menina, mas Deus me mandou mais um menino e ele sabe o que faz. O mais importante é que o Arthur nasça com saúde. Eu com dois meninos vou ser a “rainha da casa”, Escuto falar que os meninos são mais apegados à mãe e isso eu posso comprovar com o Bernardo. Ele é muito carinhoso comigo, me abraça, penteia meu cabelo. Vejo isso também com o meu marido, ele trata a mãe dele como uma rainha até hoje. Esse lado da criação de menino é muito bom. Vou criar os dois para que eles sejam “gentleman” e pelo menos, agora, eu não sinto vontade de ter um terceiro filho, só para ser uma menina, até posso mudar daqui a cinco anos, mas não tenho essa neura”. (ED)